sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A Decadência Americana



Nos anos 1950 e 1960, os EUA tinham notada influência no cenário mundial. Com uma certa facilidade e com pouco uso de força, conseguiam neutralizar governos que não agiam de acordo com seus interesses.
A Guerra do Iraque e as represálias ao ataque do 11 de setembro tentaram provar que os Estados Unidos ainda eram a maior potência militar do mundo. Mas esses acontecimentos também realçaram a fraqueza econômica do país, pois vários investimentos nas guerras eram financiados por outros países.
Os Estados Unidos têm uma política bem clara em relação ao uso de armas nucleares: o acesso é negado a todos. Eles fazem acordos internacionais com o objetivo de restringir a proliferação das armas, mas ao mesmo tempo se negam a participar do acordo. Acreditam que possuem sabedoria para usar as armas, mas que nenhum outro país a possui.
Desde os anos 1970, os EUA têm perdido sua influência. A guerra contra o Iraque, os ataques terroristas, o governo de Bush, a crise do Bretton Woods e o insucesso no Vietnã aceleraram esse declínio.
Os Estados Unidos ainda são dominantes, econômica, politica e militarmente. Contudo a ascensão da China nos últimos anos fez com que os Estados Unidos venham perdendo sua influência.
Veja neste site resultados de uma pesquisa realizada sobre a influência da China e dos EUA no mundo.
Alguns fatores interessantes:
90% da China avaliam como positiva a sua influência, contra os 56% dos EUA que avaliam a própria influência como positiva.
Podemos perceber uma tendência na forma dos países mais desenvolvidos avaliarem a China. Os europeus e norte-americanos têm uma visão muito mais negativa da China do que africanos, norte-americanos e asiáticos.
Enquanto os Estados Unidos vêm perdendo sua influência, a China vem crescendo.

Poder Militar dos EUA no cenário internacional

Os Estados Unidos da América exercem uma influência muito grande no nosso mundo. Seja na hora de decidir se haverá (ou não) uma guerra, por meio do seu poder de voto como um dos 5 países do Conselho de Segurança da ONU (United Nations Security Council, em inglês) que tem o poder do veto, ou na hora de decidir se um país será (ou não) ajudado pelo Fundo Monetário Internacional (International Monetary Fund, em inglês), sendo os EUA o único com poder de veto. Mas esse “poder” que os EUA tem não são vistos somente no papel. De acordo com o Ranking Mundial de Poder de Fogo (Global Firepower Ranking, no original), os EUA é o país com a maior força militar do mundo. Traduzindo, ele tem o melhor exército do mundo. É claro que a maneira como o índice de poder é avaliado pode favorecer um país ou outro, mas no site do ranking, existe a opção de “comparar países”  (“compare countries”, em inglês), e é aí que o poder militar dos EUA realmente aparece. Comparando os EUA com o segundo colocado no Ranking, a Rússia, é possível observar que em muitos aspectos os EUA superam os da Rússia, mas e vários outros o oposto acontece, com a vitória Russa. Mesmo assim, usando os dados do Índice de Poder (Power Index, em inglês), os EUA se mostram aproximadamente 0,015 pontos mais próximos do determinado como ideal (que seria o valor 0,000) do que a Rússia. Agora, como todas essas informações sobre os EUA se transformam em uma influência real no nosso mundo? Vamos deixar essa questão de lado por um tempo para tratar de um outro assunto.
              A Guerra do Vietnã foi uma guerra que começou sem o envolvimento americano. Ela começa com a invasão Russa no território do Vietnã, que foi apoiada pelo Vietnã do Norte. A entrada dos EUA na guerra se deu com a justificativa de “impedir com o avanço comunista pelo mundo” e de “ajudar o Vietnã do Sul a combater a invasão comunista”. Mas a entrada só foi oficial quando alguns barcos americanos foram “atacados” por vietnamitas do norte. Alguns detalhes importantes: os barcos americanos estavam espionando o Vietnã do Norte, e nunca foram atacados. Esse era só um pretexto do governo americano para pode invadir o entrar na guerra. E qual era a importância, afinal, do governo dos EUA em entrar na guerra? O que tinha de tão interessante em uma guerra para os EUA criarem uma “desculpa” para entrar nela? Medo. O medo que os EUA capitalista em meio a guerra fria tinha no avanço das tecnologias militares Russas. Isso, combinado com muitos outros fatores justificava completamente, pelo olhar dos EUA, sua entrada na guerra.
Aviões americanos bombardeando o território do
Vietnã do Norte.
              Agora,  vamos retomar a pergunta que foi deixada em aberto no primeiro parágrafo. O que os números sobre o exército americano vão influenciar no nosso mundo? Para saber a resposta para essa pergunta, é só analisar o contexto após a saída dos EUA do Vietnã devido a um fracasso militar. Depois da guerra, os estragos causados pelas armas químicas (que mesmo sendo proibidas pela ONU foram usadas pelos americanos) e a proibição imposta pelos EUA de que nenhum país capitalista poderia fazer negócios com o recém unificado Vietnã socialista fez com que o destino do Vietnã estivesse fadado ao fracasso. E, como era de se esperar, assim foi. O país sofria com uma inflação de 700% ao ano, o que durou por um pequeno período depois da guerra. E, em 2005, ao tentar processar, por meio da Associação Vietnamita do Agente Laranja, as companhias americanas que desenvolviam a mais perigosa das armas químicas que foram usadas pelos americanos na guerra, o Agente Laranja, que se manteve efetivo por mais de 40 depois do fim da guerra por onde foi lançado, o processo foi negado pois não havia, nos autos do processo, nada que “comprovasse que o Agente Laranja tenha causado as doenças a ele atribuídas”. Em 1984, veteranos norte-americanos da guerra do Vietnã haviam aberto um processo com os mesmos motivos apresentados pela Associação Vietnamita do Agente Laranja, ganharam o processo em um acordo de 93 milhões de dólares com as companhias. Armas químicas, desastre econômico. Esses são os motivos que levam a submissão da maior parte dos países do mundo aos EUA.
              Avançando um pouco no tempo, a sociedade americana evoluiu. O pensamento “anti-comunista” foi sendo deixado de lado para a entrada de uma outra ideia, a ideia “anti-terrorismo”. No governo de George W. Bush, filho do ex-presidente americano George H. W. Bush (que foi eleito usando a bandeira anti-comunista), o presidente começou a usar uma bandeira anti-terrorista, usando como inimigo a organização terrorista Al-Qaeda, comandada na época pelo falecido Osama Bil-Laden. Na sua política anti-terrorista, Bush propunha uma invasão ao Iraque, com o objetivo de tirar do poder Sadam Hussen, que ele dizia ter ligações com a Al-Qaeda e de procurar instalações onde o Iraque estaria, teoricamente, produzindo armas de destruição em massa. Nem antes, nem durante, nem depois da guerra do Iraque essas informações foram comprovadas. Um filme que ilustra muito bem a situação do exército americano no Iraque é “Zona Verde” (“Green Zone”, título original), onde um sargento do exército americano que investiga as áreas onde a Inteligência Americana diz que existem fábricas de armas de destruição em massa, e, em nenhum dos locais onde ele havia sido mandado procurar, foram encontradas evidências de que, em algum momento, armas haviam sido produzidas lá.  Com o surgimento da política “anti-terrorista” de Bush, o seu governo assumiu um outro tom, e começou a ser conhecido por outro nome. Governo do Medo.
              O Governo do Medo é o termo usado para descrever o governo de George W. Bush, onde todas as suas ações eram justificadas com o fim de acabar com a ameaça terrorista à America e ao mundo, como parte de sua “Guerra ao Terror”. Parece familiar? Lógico, se assemelha muito com a política americana anti-comunista e com a justificativa americana para entrar na Guerra do Vietnã. É claro que elas se parecem, pois ambas funcionam usando a mesma engrenagem, a Indústria da Guerra.
              Essa é a Indústria que é uma das bases da economia americana. A produção, distribuição, exportação e investimento em armamento de guerra é uma grande engrenagem que move o sistema econômico americano. Sem guerra, o investimento e a produção das armas perde parte do seu sentido, então existe uma necessidade natural de se envolver em uma guerra. Além do mais, a guerra pode trazer benefícios para os EUA, como a diminuição no preço de produtos que são essenciais, logo, tudo funciona perfeitamente, como uma máquina.
              Com as recentes mudanças no governo americano, a guerra foi sendo deixada de lado, a partir do governo Obama (2009-presente), começaram várias políticas com o objetivo de diminuir os conflitos, e, em junho de 2011, foi declarado o início da retirada dos soldados americanos e equipamentos da do Afeganistão, guerra que teve início na campanha do Bush contra o terrorismo, com o objetivo de achar e capturar (vivo ou morto)  Osaba Bin-Laden. Objetivo este que foi atingido no dia 2 de maio de 2011, em uma operação militar dos EUA em cooperação com o governo do Paquistão. Mesmo com o início de um período sem guerras, os gastos anuais dos EUA com segurança ainda impressionam, chegam a atingir quase 700 bilhões de dólares. E, é por estes e outros motivos que os EUA são uma das nações mais temidas, e respeitadas, do nosso planeta.

Corrida Espacial

Charge retratando a corrida espacial entre as potências:
Estados Unidos e União Soviética
Logo quando acabou a Segunda Guerra Mundial, os EUA e a União Soviética passaram a rivalizar pela influência ideológica do mundo, buscando supremacia na tecnologia industrial. Os Estados Unidos se fortaleceram com a vitória dos aliados na Primeira Guerra, depois enfrentaram uma crise econômica em 1929 e, com os lucros obtidos na Segunda Guerra, consolidaram a sua economia. A União Soviética fortaleceu sua política socialista.

A Guerra Fria se originou da divisão do mundo em dois blocos, o socialista e o capitalista. Foi uma Guerra sem combate físico, onde as duas potências se preparavam para uma possível Guerra. Houve um grande investimento em tecnologia, com destaque para a indústria bélica. Esse período ficou conhecido como “Corrida Armamentista”.
A corrida espacial foi uma das grandes marcas da Guerra Fria. Em 4 de outubro de 1957, com o lançamento do satélite Sputnik I, começa, oficialmente, a ocorrida espacial. Esse fato pressionou os Estados Unidos, pois os soviéticos tinham saído na frente. Em novembro do mesmo ano, os soviéticos enviam a cadela Laika como tripulante da nave Sputinik II para o espaço, sendo o primeiro ser vivo a realizar essa façanha.
Cadela Laika em primeira viagem de um ser vivo ao espaço
 Em 1958, os Estados Unidos enviaram o satélite EXPLORER I. O programa espacial dos EUA começou com poucos investimentos, mas foi sendo ampliado. Em julho de 1958, foi criada a NASA.
O primeiro homem a viajar no espaço foi Yuri Gagarin, também soviético. Em 12 de abril de 1961, fez um voo orbital que durou um pouco menos de uma hora. Até o momento, a URSS dominava a corrida espacial. Nesse mesmo ano, os EUA enviam seu primeiro homem ao espaço, no dia 5 de maio. Foi uma medida desesperada para contrapor a demonstração tecnológica dos soviéticos.
Nessa época, ambas as potências já almejavam mandar um homem a lua. Os Estados Unidos, depois de muito investimento, criaram o Projeto Appolo, que levaria homens à lua. A expedição Apollo 11, depois de um investimento de 20 bilhões de dólares, fez pousar na Lua a primeira nave. Os soviéticos começam a ficar atrás na corrida espacial. Depois da grande conquista dos Estados Unidos, e também da humanidade, a URSS não conseguiu mais acompanhar o desenvolvimento tecnológico e foi perdendo sua força.
O grande investimento feito em pesquisa serviu para o desenvolvimento da educação e para outras conquistas tecnológicas muito importantes para a humanidade. A corrida espacial, junto com a corrida armamentista, serviu para consolidar a hegemonia das Estados Unidos.

Americanização

É possível se perceber a influência de um país sobre outro quando seu estilo de vida começa a ser copiado, suas empresas têm grande espaço na sua economia, no seu dia-a-dia. Quais empresas estadunidenses têm seus estabelecimentos por todo o mundo? Quantas delas não oferecem os produtos mais desejados, vistos como "melhores"? Poderíamos ter uma lista infindável, mas seria inviável discutir todas elas.
Anúncio da Coca-Cola nas Montanhas do Atlas, Marrocos
A empresa Coca-Cola é extremamente conhecida ao redor de todo o mundo, sendo consumidos volta de 1,7 biliões de produtos cada dia. O consumo dessa bebida está ligado ao estilo de vida dos E.U.A. e à admiração a sua cultura, realçados pelas inúmeras propagandas espalhadas por todo o mundo, até mesmo nas Montanhas dos Atlas (Marrocos), na imagem ao lado.
É preocupante chegar a um ponto no qual o comércio local é afetado pelo estrangeiro de tal forma a acarretar altos graus de desemprego. Diversos aspectos culturais podem ser sufocados e substituídos, populações inteiras podem perder hábitos que duraram milênios em questão de uma década. A pluralidade cultural tão típica do nosso planeta é afetada pela invasão de empresas multinacionais que dominam o mercado. A propaganda excessiva tende a passar falsas ideias de superioridade de uma cultura, de um modo de vida. É a partir dessa ideia que muitas nações abrem portas para empresas que vêm de fora, mal sabendo que assim alimentam sua própria perda de identidade.
Tomemos como exemplo uma obra do artista chinês Ai Weiwei, conhecido por criticar a China dos dias de hoje e grande empresas ocidentais, na qual  ele deixa cair um antigo e valiosíssimo vaso da Dinastia Hai, demonstrando que uma nova China está nascendo e não há mais espaço para seu passado e história, abrindo as portas para a introdução de novos pensamentos e modos de vida.
Arte de Ai Weiwei
Enquanto a China entra numa nova era de abertura política, diversos países reforçam suas atitudes anti-americanas, evidenciadas nas nações árabes pelo baixo consumo da Coca-Cola e pela alta popularidade de outro refrigerante, Mecca-Cola. Esse tipo de ação não significa uma não aceitação da globalização. mas sim um repúdio a tudo que venha dos E.U.A., de seus ideais.
A americanização pode trazer diversas melhorias e avanços a países que não têm meios de consegui-los de outra forma ao mesmo tempo que tem alta probabilidade de sufocar costumes locais e desviar capital que deveria ser destinado ao país em questão para as sedes nos Estados Unidos. É preciso estar atento e tomar as devidas precauções para não tornar seu país apenas mais uma filial do McDonald's (leia-se Tio Sam).

Educação

Não bastasse a influência exercida pelos Estados Unidos na economia, comércio, e no desenvolvimento dos demais países, os EUA são referência mundial na educação. Diversas universidades, consideradas as melhores do mundo, se encontram em território estadunidense. Pode se ter uma ideia de tal referencia, quando observamos uma lista das dez melhores universidades do mundo, oito são estadunidenses. A educação nos Estados Unidos é controlada por três níveis governamentais diferentes: federal, estadual e local. Já os padrões educacionais são responsabilidade dos departamentos de moda de cada Estado. Na maior parte dos Estados, crianças e adolescentes são obrigados a irem à escola até a idade de 16 anos ou ate completarem o 2º grau. Estudantes podem frequentar três tipos de ensino: público, privado e doméstico. Nos dois primeiros existem três fases escolares: elementar, média e secundária. Os EUA possuem uma população educada. Estima-se que 99% da população estadunidense seja alfabetizada. Em 2003, havia 76,6 milhões de estudantes frequentando a escola. Na população adulta, mais de 85% possui um diploma de segundo grau, e 27%, um diploma de ensino superior. O salário médio de estudantes com um diploma de educação superior é consideravelmente alto. Porém, alunos americanos possuem notas baixas em algumas áreas, se comparados a alunos de outros países desenvolvidos.

Destino Manifesto

Inúmeras desculpas foram inventadas pelos estadunidenses ao longo de sua existência a fim de defender seus ideais. E começaram antes mesmo da criação dos E.U.A., quando um grupo inglês descontente com com a Igreja Anglicana, os puritanos, se revoltaram com os pecados e vícios da antiga Inglaterra. Sua solução foi partir para um novo lugar, uma Terra Prometida. E foi na América que viram o local perfeito para desenvolver seus ideais. Usando justamente como argumento serem o povo escolhido por Deus (os novos hebreus), os colonizadores dizimaram os índios da costa leste, usando e abusando de sua vantagem militares e muitas vezes infectando os nativos com doenças por eles desconhecidas propositalmente. E isso foi apenas o começo.
Ao declarar sua independência, os Estados Unidos apresentou em sua constituição elementos que reafirmavam sua auto-nomeação como povo escolhido por Deus. Mesmo sendo extremamente inédito para a época, o sistema de governo americano já demonstrava sinais de que defenderia seus ideais não somente em seu país como em outros, como mostrado no trecho da Primeira Constituição Americana:
Westward the Course of Empire Takes Its Way
de Emanuel Leutze (1861
"Todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, entre estes a vida, a liberdade e a procura da felicidade. A fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados. Sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade."
Após a tomada das terras conquistados pela Coroa dos franceses, os E.U.A. começaram sua Marcha para o Oeste, resultando em uma guerra contra o México e o término do enorme genocídio indígena cometido na ocupação americana (dos 25 milhões de índios que originalmente ocupavam o país, restaram apenas 2 milhões). Com uma política chamada de Destino Manifesto, os Estados Unidos justificaram seu expansionismo tanto para o Oeste do próprio país como também  para o Oceano Pacífico. Novamente evocando a figura divina, eles se diziam escolhidos por Deus para levar a liberdade e democracia para outros lugares, quando na verdade só lhes interessavam eram áreas de influência econômica, tanto que nunca mantiveram controle político propriamente dito enquanto o país em questão lhe abria os portos para o comércio. Exemplo desse interesse, a ameaça feita por 4 navios de guerras a Tóquio quando o Império Japonês continuava com uma política de comércio fechada ao exterior em 1852 foi preparada com intuito de abrir as portas dos portos nipônicos aos americanos. Ameaça similar foi feita à China, que concedia vantagens comerciais apenas a europeus.
Com a Grande Depressão, os E.U.A. precisavam expandir sua influência e usaram novamente a política do Destino Manifesto a fim de libertar as colônias espanholas e terminar o Canal do Panamá, iniciado pelos franceses. Apoiando militarmente as rebeliões anti-coloniais no Caribe, os Estados Unidos contribuíram para o fim do declínio espanhol. Vencendo uma guerra final contra a Espanha, os E.U.A. detiveram controle sobre Porto Rico, Cuba e Filipinas, nessa última enfrentando resistência e movimentos pela independência e aniquilando 200 mil nativos. A situação das Filipinas mostra a hipocrisia americana, o conflito entre suas políticas pró-liberdade e a repressão de um povo.
A ambição dos E.U.A. teve seu ápice no ataque nuclear de Nagasaki e Hiroshima, atitude extrema mesmo em uma situação de guerra, que teve como principal consequência a hegemonia americana no Pacífico Sul, ameaçada antes pelos japoneses. Fatos mais recentes, como as invasões americanas ao Iraque e Afeganistão, tendem a mostrar que o domínio americano continua a ser fato concreto, e mesmo que neguem, suas ações demonstram claros pensamentos imperialistas. A imposição da liberdade por meio da força já é conhecida como "Paradoxo Americano", descrito por Joseph S. Nye Jr. em seu livro. A questão é que o problema não seria um Império, pois até impérios tem concorrentes, mas sim uma hegemonia da qual ninguém possa escapar, ninguém possa ser realmente livre, na qual todos estejam à sombra de uma única nação.


Cenário

Os Estados Unidos, após vencer a Segunda Guerra Mundial, ganhou imediato protagonismo à escala global através do Plano Marshall e da capacidade de resposta e apoio à reconstrução da Europa e do Japão. Com a criação da NATO (ou OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte) e com seu importante papel no quadro da ONU, os EUA reforçaram sua política de intervenção externa em conflitos regionais.
O termino da União Soviética, em 1991, levou os Estados Unidos à posição de única superpotência mundial. Mas com o fim da URSS, a NATO, cujo objetivo inicial era a luta contra a URSS, deixa de ter um propósito. E desde então, os EUA têm procurado justificar a existência de uma organização militar, muito útil aos seus ideais hegemônicos na Europa. Para termos uma ideia do orçamento militar anual dos Estados Unidos, ele, sozinho, equivale aos orçamentos de todos os países restantes juntos.
Às vezes, as decisões tomadas pela ONU atendem interesses estadunidenses. E até mesmo a política estabelecida por organismos mundiais, como o FMI e o Banco Mundial, sofre influencia dos EUA. Atualmente, os Estados Unidos vêm tomando medidas que visam atender seus próprios interesses e manter sua supremacia, não atentando as necessidades de outros países.
Assim podemos ver que os Estados Unidos influenciam fortemente no desenvolvimento mundial, e que se uma crise atingisse o país, consequências seriam vistas por todo o mundo. Sua hegemonia é notada por todos os níveis da sociedade. Com forte impacto na economia, no comércio mundial, no avanço tecnológico, os EUA são considerados uma superpotência.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Nosso Início

Existe um domínio global sobre inúmeras áreas. Um domínio de uma única nação, uma influência tão grande que transformou o termo "globalização". Quando pensamos em um país que defina a imagem de tudo que julgamos representar nosso planeta, logo nos vem a imagem do Estados Unidos da América. Por que isso ocorre? O que levou essa nação a uma posição tão alta? Quais suas consequências do ponto de vista sócio-cultural? Qual seu futuro, qual o nosso futuro? São essas perguntas que movem nosso grupo, que nos incentivaram a escolher um tema tão polêmico. Estamos interessados em nosso meio, estamos preocupados com o planeta, com suas civilizações. Não ficaremos de braços cruzados quando todo o contexto global é afetado pela hegemonia estadunidense. Pesquisaremos todos seus aspectos, olharemos com os olhares críticos dos jovens as informações encontradas, veremos e entenderemos nosso mundo, estaremos aptos a ser cidadãos que realmente farão alguma mudança, faremos a diferença.