sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Americanização

É possível se perceber a influência de um país sobre outro quando seu estilo de vida começa a ser copiado, suas empresas têm grande espaço na sua economia, no seu dia-a-dia. Quais empresas estadunidenses têm seus estabelecimentos por todo o mundo? Quantas delas não oferecem os produtos mais desejados, vistos como "melhores"? Poderíamos ter uma lista infindável, mas seria inviável discutir todas elas.
Anúncio da Coca-Cola nas Montanhas do Atlas, Marrocos
A empresa Coca-Cola é extremamente conhecida ao redor de todo o mundo, sendo consumidos volta de 1,7 biliões de produtos cada dia. O consumo dessa bebida está ligado ao estilo de vida dos E.U.A. e à admiração a sua cultura, realçados pelas inúmeras propagandas espalhadas por todo o mundo, até mesmo nas Montanhas dos Atlas (Marrocos), na imagem ao lado.
É preocupante chegar a um ponto no qual o comércio local é afetado pelo estrangeiro de tal forma a acarretar altos graus de desemprego. Diversos aspectos culturais podem ser sufocados e substituídos, populações inteiras podem perder hábitos que duraram milênios em questão de uma década. A pluralidade cultural tão típica do nosso planeta é afetada pela invasão de empresas multinacionais que dominam o mercado. A propaganda excessiva tende a passar falsas ideias de superioridade de uma cultura, de um modo de vida. É a partir dessa ideia que muitas nações abrem portas para empresas que vêm de fora, mal sabendo que assim alimentam sua própria perda de identidade.
Tomemos como exemplo uma obra do artista chinês Ai Weiwei, conhecido por criticar a China dos dias de hoje e grande empresas ocidentais, na qual  ele deixa cair um antigo e valiosíssimo vaso da Dinastia Hai, demonstrando que uma nova China está nascendo e não há mais espaço para seu passado e história, abrindo as portas para a introdução de novos pensamentos e modos de vida.
Arte de Ai Weiwei
Enquanto a China entra numa nova era de abertura política, diversos países reforçam suas atitudes anti-americanas, evidenciadas nas nações árabes pelo baixo consumo da Coca-Cola e pela alta popularidade de outro refrigerante, Mecca-Cola. Esse tipo de ação não significa uma não aceitação da globalização. mas sim um repúdio a tudo que venha dos E.U.A., de seus ideais.
A americanização pode trazer diversas melhorias e avanços a países que não têm meios de consegui-los de outra forma ao mesmo tempo que tem alta probabilidade de sufocar costumes locais e desviar capital que deveria ser destinado ao país em questão para as sedes nos Estados Unidos. É preciso estar atento e tomar as devidas precauções para não tornar seu país apenas mais uma filial do McDonald's (leia-se Tio Sam).

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